sábado, abril 21, 2007

E o Oscar vai para...

"Hoje todas as pessoas são inteligentes. Não se pode ir a qualquer lado sem se encontrar pessoas inteligentes. É um autêntico flagelo social".

Oscar Wilde

Maresias

O que sou hoje é como a tranquilidade no centro do furacão. Olho neste dia para quem não me está presente senão no coração. Estou sossegado porque me dás a mão de desassombro e, aqui do teu lado, o mundo parece mais ao largo. Do ponto em que estamos tudo parece dizer que sim, que as nossas luzes brilham mais de vida e de caminho.

sexta-feira, abril 20, 2007

A minha nova sobrinha "adoptiva"







Esta é a Margarida, filha da Susana "Queijada"! Uma nova vida no mundo, a própria história da vida aqui contada. Bem-vinda!
Nasceu a 14 de Abril, às 2.30 da manhã. Quem quiser que lhe faça o mapa astral!








Diz Trak 2

Ainda segundo a referida fonte, a China estará a construir a primeira mulher-cidade, onde os homens desobedientes serão castigados. Quem for que entrar nesta cidade passará a ser, segundo as autoridades, automaticamente controlado pelas mulheres. Se algum homem ousar desobedecer, sofrerá as consequências. Estas podem passar pela lavagem de loiça num restaurante até terem de se ajoelhar na aresta de uma tábua.

Diz trak

Segundo as informações do pasquim gratuito Destak, ele existe um orangotango que joga videojogos. É isso mesmo: o orangotango Berna, de 4 anos, parece ter herdado de sua mãe o gosto pelo videojogo e pelo desenho em computador. Ainda hei-de ir ao Jardim Zoológico de Atlanta atestar este facto. Talvez o desafie para um joguinho! Sim, que o nosso grupo de macacos anda demasiado ocupado para umas partidinhas de PES6!

sábado, abril 14, 2007

Hmmm

Começo a ficar farto destes fascistas. A eles dedico a música dos Sonic Youth, álbum Dirty. Chama-se Youth Against Fascism. Poderão, talvez, ouvi-la aqui em cima... Rádio Cru online!

terça-feira, abril 10, 2007

O pássaro verde

A Páscoa nunca foi, ateisticamente falando, uma época especialmente tocante para mim. Enquanto miúdo ela era sinónimo de viagem, guloseimas e visitação familiar. A de anteontem foi estranha. Explico-me: de há uns tempos para cá, tenho vindo a perder entes queridos de forma surpreendente e fulminante. Esta Páscoa surgiu como altura de reunião, de abraço colectivo mas silencioso, de conversa significativa à beira-mar, de mágoa que teima em não passar. Teve um significado profundo. E isto sim, é estranho.
Estive uns momentos com a minha avó. Contou-me histórias. Belas e estranhas.
A minha avó ficou só no mundo. O meu avô partiu alguns dias antes de fazer anos, 51 anos depois de uma vida comum. O que resta depois disto? A vida, as histórias. Estavamos os dois sentados no sofá, recuperando meses de conversa por dizer, e ela contava-me histórias dos dois. Eu gosto de ouvir histórias, de as imaginar e de as sentir. A minha avó sempre gostou de as contar.
Dizia-me ela que costumava irritar-se com o meu avô por ele nunca estar em casa. Dizia que ia arranjar um periquito verde para lhe fazer companhia, que já não precisava dele para nada. O meu avô ria-se, sem fazer caso. Eu brinquei com ela, dizendo que o pássaro deveria ser vermelho, que o meu avô era benfiquista!
Depois do falecimento do meu avô, estava a minha avó com a minha prima mais pequena e uma amiga num restaurante, à conversa, quando, de repente, ouvem um estrondo na janela. A minha avó olha e fica surpreendida: um periquito verde tinha chocado e permanecido no chão, à espera. Ela foi apanhá-lo. O pássaro deixou-se apanhar.
Perguntou à neta que nome deveria dar ao pássaro. Ela disse o nome completo do meu avô, sem saber nada desta conversa.
Olhei para o pássaro, que estava na sala, a cantar. Quando a minha avó parou de contar a história, ele parou de piar e ficou a olhar para nós.
Serás mesmo tu ali, avô?