"Não percebo de dinheiro,
Não dou crédito a cartões.
Tenho letras no tinteiro,
Canto notas aos milhões.
Nada é da minha conta
Que é calada, em tais questões.
Tenho a taxa sempre pronta
E, na Bolsa, más acções.
Põe-me em cheque tanta afronta,
Não decifro mais cifrões
REFRÃO Um escudo, tenho um escudo à minha frente.
Um escudo contra espadas do presente!
É tudo, um escudo à minha frente.
Deus me livre de livranças,
Contratos tratam-me mal.
Perco a siza nas Finanças
Ou num Banco...de Hospital
P´ra as receitas tenho queda
E a falência então que fale.
Se um empréstimo azeda
Decapito o capital,
Pago só numa moeda,
Faço o câmbio por igual.
REFRÃO
Expostos aos impostos mal-dispostos,
Os juros foram guerra prometida.
Recibos, ordenados ai desgostos,
Cantigas são o saldo desta vida.
Dólares, libras que devemos
Já são francos, vão no fim.
Dos ienes que cá temos
Bolívar alguns p´ra mim.
Fico ao rublo como os preços,
Dou-lhes golpes de florim!
São os marcos dos progressos
Ap´ese´tados assim.
Tiro liras dos avessos,
Duas c´roas, um festim!
REFRÃO
Eu tenho, detenho, retenho, contenho,
mantenho, sustenho
Um escudo na frente.
Carlos Paião, letra e música
todo o blogue é composto de mudança
Há 14 anos
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