"Já nasceste a saber o que eu não sei,
o que o lume na água mais procura;
se me dás de beber vou ter a sede
incessante da fonte mais impura.
Cada noite te peço que imagines
uma outra fina, elementar tortura,
como essa, de nunca mais arder
o corpo que no corpo se insinua.
Por cada gesto teu, leio almanaques
de vãs filosofias, para ter
a réplica prevista à sua altura;
por cada lábio, sou mais sábio que
toda a corte celeste talmudista;
e ainda não sei o que ao nascer sabias."
António Franco Alexandre (1944)
Duende
5 comentários:
A tua ausência está a deixar-te piroso! (não pelo poema, mas sim pela foto foleira)
Foi a foto menos foleira que encontrei. No próximo dia maldito, postarei uma foto melhor...
Por acaso nos primeiros posts do meu blog tb usei uma imagem parecida para uma máxima oriental. Não achei pirosa, apenas não encontrei nada melhor ou que tivesse mais a ver com o post. :)
não o conhecia, excelente, reli...
cumprimentos monárquicos
Mcce, por acaso não a acho nada foleira. Quanto ao Franco Alexandre, continuo a relê-lo sempre que posso.
Cumprimentos a todos...
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