segunda-feira, outubro 03, 2005

Para a Sexta que vem!

De todos os dias, a Sexta-Feira é aquele dia que passa mais de fugida e, em simultâneo instantâneo, mais devagar. No ar há partículas de tensão ansiosa, de sudação expectante. Nas bocas das pessoas mal se consegue arrancar um esboçado bom-dia!
As Sextas-Feiras, padroeiras de engarrafamentos, comboios lentos e outros lamentos, contam sempre histórias de encontros fugídios e palavras mal trocadas, de olhares de maior desejo com fiadas meigas de cansaço.
Sonhei sempre muito bem à Sexta, embora nem sempre com sentido, com o conforto de uma perspectiva do ter, pela frente, dois dias de folga. A vida é dura, dizem. E sim. A vida assim é mesmo muito dura. Uma vida sem sonhos é uma tortura.
Acho que foi a uma Sexta-Feira que te conheci. Sei que soa a música e peço desculpa pela imprecisão da minha memória. Se não foi, de certo pareceu-me ser esse o dia da semana. Se não foi, dispenso a memória e escolho definitivamente este presente contigo (ai o presente que tu és)!
Há certamente um ajuste de contas a fazer com este presente! Se abrir bem os olhos verei ao longe uma resposta. Quanto mais longe estiver, mais próxima estarás de mim. Ou vice-versa. Se abrir bem os olhos, vou-me lembrar que, se calhar, o melhor será fechá-los rapidamente, não vão eles resolver cair.
Prefiro saber-te no presente, ainda assim...

Sem comentários: