Na
língua portuguesa vivi
antes de um nome, com os
dentes a língua o palato sensível
aos aromas as auditivas cordas
da gargante, poder pronunciar
quando via no
tecto
a sombra ambígua, detentora porém
de um único sentido a meus
olhos confusos que levavam à
mente a ténue
angústia das sensações
Para
buscar a existência muda
a língua recuou
ao quarto anterior onde
vi a penumbra
Gastão Cruz (1941) in Crateras
(o poema deste dia...para o ano!)
todo o blogue é composto de mudança
Há 14 anos
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