terça-feira, agosto 05, 2008

E foi-se assim mais um dia...

"Não te quero ver", dizias, não dizendo exactamente isto que é precisamente ir dar a isso. Restauro-me á varanda, lembrando-me de ti a apanhar sol nela. A recordação toca-me com dedos de sol, rastos de alegria. Esforço-me por afastar a noção que me apagas de ti, que te desvias. Afasto-me da varanda e aproximo-me do teu ouvido. Ouve-me. Um dia, digo-te, constrói comigo novas memórias.
Finta-se um destino. Dribla-se um desgosto com esgar sarcástico. Remata-se para o fundo da alma um bojardo de dor. Rasgam-se as redes da esperança. A vida é rídicula. Ao que parece, é no esvaziar do corpo e da alma que reside o truque. Segundo dizem, é falando alto e irritantemente que se espalha o fel no mundo: não é possível reter mais cá dentro. Tudo é difícil.
Tenho isto para ti, dizia. Ao fundo, a imagem de um filme que deu peça de teatro que deu magia.
Hoje é isto, é nada.

amanhã não

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